POEMA E ESTUDO SOBRE FILHOS E SERVOS DOS QUAIS SAI OS VERDADEIROS ADORADORES

POEMA E ESTUDO SOBRE FILHO E SERVOS DOS QUAIS SAI OS VERDADEIROS ADORADORES                              Por: Bispo Reis


Filhos do Pai, Verdadeiros Adoradores


Não somos mais servos de medo e dever,  

Mas filhos do Pai, chamados a viver,  

Adorando em espírito, com o coração,  

Em verdade cantamos, fruto da redenção.


O servo trabalha, cumpre e obedece,  

Mas o filho conhece, ama e enobrece.  

Em nossa alma, o Espírito guia,  

Nosso louvor é sincero, nossa fé, alegria.


Não buscamos rituais, nem apenas cumprir,  

Pois o Pai nos chamou para a Ele sentir.  

Filhos que adoram com alma e paixão,  

Refletem do céu a pura adoração.


O Pai procura, não servos sem alma,  

Mas corações que o adoram com calma.  

Filhos que, livres, com amor vêm cantar,  

Em espírito e verdade, ao Pai adorar.


Pois em Cristo somos mais que chamados,  

Filhos amados, por Deus abraçados.  

Nossa adoração é mais que um rito,  

É vida, é verdade, é amor infinito.


Então, ergamos as mãos, não por obrigação,  

Mas como filhos que vivem em plena união.  

Adoramos ao Pai, em espírito e verdade,  

Somos herdeiros da Sua eternidade.

Estudo Bíblico: A Geração de Filhos em Cristo e a Geração de Servos pela Lei de Moisés


 Introdução

A Bíblia nos apresenta duas grandes fases na relação de Deus com Seu povo: a geração de servos, representada por Moisés e a Lei, e a geração de filhos, introduzida por Jesus Cristo. Este estudo busca contrastar essas duas gerações, explorando as implicações de cada uma e como Jesus trouxe uma nova realidade espiritual através da regeneração e adoção de crentes como filhos de Deus.


 1. A Geração de Servos por Moisés


No Antigo Testamento, Deus estabeleceu um relacionamento de pacto com Israel através de Moisés, onde o cumprimento da Lei era a base da aliança. Esse pacto gerou uma mentalidade de servidão e obediência estrita, que, apesar de necessária, era limitada.


A. A Lei como Tutor (Gálatas 3:23-24)

A Lei serviu como um "tutor" que guiava o povo de Israel até a vinda de Cristo:

- **Gálatas 3:23-24**: "Antes que viesse essa fé, estávamos sob a custódia da Lei, nela encerrados, até que a fé que haveria de vir fosse revelada. Assim, a Lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé."


Aqui, Paulo destaca que a Lei tinha um propósito temporário, como um guardião que ensinava os caminhos de Deus e preservava o povo até a chegada da fé em Jesus.


B. Servos Obedecem à Lei (Deuteronômio 28:1-2)

- **Deuteronômio 28:1-2**: "Se vocês obedecerem fielmente ao Senhor, ao seu Deus, e seguirem cuidadosamente todos os seus mandamentos que hoje lhes dou, o Senhor, seu Deus, os colocará muito acima de todas as nações da terra."


A relação baseada na Lei era de obediência rigorosa. O povo de Israel era considerado servo de Deus, e a bênção ou maldição estava diretamente relacionada ao cumprimento ou violação dos mandamentos.


 C. Moisés como Servo Fiel (Hebreus 3:5)

- **Hebreus 3:5**: "Moisés foi fiel como servo em toda a casa de Deus, dando testemunho do que haveria de ser dito no futuro."


Moisés é um exemplo de servo fiel, alguém que viveu para servir a Deus e cumprir Sua vontade. Ele era um líder de servos, obedecendo e transmitindo os mandamentos de Deus ao povo.


2. A Geração de Filhos em Cristo


Quando Jesus veio, Ele trouxe uma nova aliança baseada na graça e na filiação, que substituiu a relação de servidão pela de filhos de Deus. Através de Jesus, somos transformados em filhos, nascidos do Espírito.


A. Jesus, o Primogênito Entre Muitos Irmãos (Romanos 8:29)

- **Romanos 8:29**: "Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos."


Jesus é o "primogênito", o primeiro da nova geração de filhos que seriam gerados espiritualmente. Ao aceitarmos a Jesus, somos conformados à Sua imagem, tornando-nos filhos de Deus.


 B. Adoção como Filhos (Gálatas 4:4-7)

- **Gálatas 4:4-7**: "Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de redimir os que estavam sob a Lei, para que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vocês são filhos, Deus enviou aos seus corações o Espírito de seu Filho, que clama: 'Aba, Pai'. Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, Deus também o tornou herdeiro."


A relação com Deus muda radicalmente através de Jesus. De escravos sob a Lei, nos tornamos filhos amados, adotados por Deus. Como filhos, temos um relacionamento íntimo e pessoal com Deus, chamando-O de "Aba, Pai".


C. O Novo Nascimento pelo Espírito (João 3:3-6)

- **João 3:3-6**: "Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, mas o que é nascido do Espírito é espírito."


A geração de filhos nasce do Espírito Santo. Jesus ensinou a Nicodemos que o novo nascimento, que transforma servos em filhos, ocorre através da regeneração espiritual. Esse nascimento é essencial para que possamos entrar no Reino de Deus como filhos e herdeiros.


D. Filhos Guiados pelo Espírito (Romanos 8:14-16)

- **Romanos 8:14-16**: "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus."


Enquanto os servos eram guiados pela Lei, os filhos de Deus são guiados pelo Espírito Santo. Essa orientação espiritual é uma marca da filiação, indicando que temos um relacionamento dinâmico com Deus, onde Ele nos guia e nos ensina diretamente pelo Seu Espírito.


 3. Contraste Entre Servos e Filhos


 A. Obediência por Dever x Obediência por Amor

- Os servos obedecem a Deus por dever e temor da Lei. A sua relação com Deus é baseada em ordens e mandamentos.  

- Os filhos obedecem a Deus por amor e relacionamento. A obediência vem do desejo de agradar ao Pai, e não de medo.


B. Recompensa Condicional x Herança Incondicional

- Os servos esperam recompensas pelo seu serviço, e sua relação com Deus é condicional. Se obedecerem, serão abençoados; se desobedecerem, serão punidos (Deuteronômio 28).  

- Os filhos recebem uma herança incondicional. Através de Cristo, somos coerdeiros com Ele (Romanos 8:17). Não precisamos trabalhar para conquistar a herança, pois ela nos é dada por direito de filiação.


 C. Religião Externa x Relacionamento Interno

- Os servos focam em rituais, regras e religião externa, pois sua adoração muitas vezes está vinculada a formas externas de culto.  

- Os filhos têm um relacionamento interno com o Pai. Adoram a Deus em espírito e em verdade, com uma conexão íntima e genuína (João 4:23-24).


 4. A Adoração dos Filhos: Em Espírito e em Verdade (João 4:23-24)

Jesus ensinou à mulher samaritana que a verdadeira adoração não está em um lugar físico ou em rituais externos, mas em uma adoração que vem do espírito, gerada por uma relação verdadeira e íntima com Deus como Pai.


- João 4:23-24: "No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura."


Somente os filhos podem adorar verdadeiramente, porque a adoração em espírito e em verdade vem de um coração regenerado pelo Espírito Santo. Os servos podem adorar em obediência ritual, mas os filhos adoram em plena liberdade e amor.


 Observação

A vinda de Jesus marcou a transição de uma geração de servos para uma geração de filhos. A Lei de Moisés era um tutor, preparando o caminho para a plena revelação de Deus como Pai através de Cristo. Hoje, como filhos de Deus, temos a liberdade de nos relacionar com Ele de forma íntima, chamando-O de Pai e adorando-O em espírito e em verdade. Este é o privilégio que Jesus nos trouxe, e a nossa identidade como filhos define a nossa vida espiritual.


Você destacou uma verdade poderosa sobre a diferença entre servos e filhos no contexto da relação com Deus. De fato, como servos, o povo de Israel estava sujeito à Lei, mas, devido à fraqueza humana, ninguém conseguia cumpri-la plenamente. A Lei servia para mostrar o pecado e a necessidade de um Salvador. No entanto, com a vinda de Jesus, essa realidade mudou drasticamente para aqueles que são filhos de Deus.


A Fraqueza dos Servos Diante da Lei


Na época do Antigo Testamento, o relacionamento com Deus era baseado no cumprimento da Lei, e os servos de Deus se esforçavam para cumprir cada um dos mandamentos. Mas a Escritura deixa claro que ninguém era capaz de obedecer à Lei perfeitamente.


- **Romanos 8:3**: "Pois o que a Lei fora incapaz de fazer, por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho à semelhança do homem pecador como oferta pelo pecado."


Os servos, por mais que quisessem, não podiam cumprir todas as exigências da Lei, pois sua natureza pecaminosa os impedia de alcançar a perfeição exigida. A Lei era justa, mas os seres humanos, sem a ajuda do Espírito Santo, eram incapazes de segui-la plenamente.


A Transformação dos Filhos pelo Espírito Santo


Com a nova aliança em Cristo, o Espírito Santo nos foi dado, transformando-nos de servos em filhos. Ao recebermos o Espírito de Deus, somos capacitados a viver uma vida que agrada ao Pai. O que antes era impossível na carne, agora é possível pelo poder do Espírito Santo.


- **Romanos 5:5**: "E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu."


Esse amor derramado em nossos corações pelo Espírito não vem de nós mesmos, mas de Deus. É um amor celestial que nos capacita a amar e obedecer a Deus de maneira plena e verdadeira, não por obrigação, mas por um desejo genuíno que flui de nosso relacionamento com o Pai.


Cumprindo a Lei Através do Espírito


O que antes era uma luta para cumprir a Lei, agora se torna uma vida guiada pelo Espírito. Como filhos de Deus, não vivemos mais sob a pressão de obedecer externamente a mandamentos rígidos, mas somos guiados pelo Espírito Santo que habita em nós.


- **Romanos 8:4**: "...a fim de que as justas exigências da Lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito."


Quando estamos cheios do Espírito, vivemos em uma comunhão contínua com Deus. O Espírito Santo nos capacita a viver de acordo com a vontade de Deus e nos dá o poder para vencer o pecado. Como filhos, a obediência vem naturalmente, pois estamos sendo transformados à imagem de Cristo.


O Amor como o Cumprimento da Lei


A essência do cumprimento da Lei está no amor, e é o Espírito Santo que nos capacita a amar como Deus ama. Esse amor, que vem de Deus e é derramado em nossos corações, cumpre toda a Lei.


- **Romanos 13:10**: "O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da Lei."


Como filhos, ao recebermos o Espírito Santo e o amor de Deus, não apenas obedecemos à Lei, mas a cumprimos de maneira mais elevada e completa, vivendo em amor e comunhão com Deus e com os outros.


Observação


Como servos, o povo de Deus vivia sob o peso da Lei, incapaz de cumpri-la plenamente. Mas como filhos, recebemos o Espírito Santo em nossos corações, que derrama o amor de Deus em nós e nos capacita a viver em plena comunhão com o Pai. O que antes era impossível na carne, agora é possível pelo Espírito Santo que habita em nós, nos guiando e nos capacitando a viver uma vida que agrada a Deus.


Esta é a diferença entre servos e filhos: os servos lutam para obedecer, mas os filhos, por meio do Espírito Santo, vivem em amor, comunhão e obediência natural, porque o próprio Deus nos transforma de dentro para fora.

E ESTE FILHO USAM A FÉ,MAS NÃO DE QUALQUER JEITO VEJA:

Você está trazendo uma verdade profunda sobre a relação entre fé, amor e as virtudes necessárias para uma vida cristã. A Bíblia deixa claro que a fé, para ser eficaz e verdadeira, precisa estar enraizada no amor. Além disso, o apóstolo Pedro em sua segunda carta menciona o desenvolvimento de certas qualidades que completam e fortalecem a fé. Vamos explorar essas ideias:


 1. A Fé Que Opera Pelo Amor


O apóstolo Paulo escreve em Gálatas 5:6:


- Gálatas 5:6: "Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão nem a incircuncisão têm efeito algum, mas sim a fé que atua pelo amor."


Aqui, Paulo está dizendo que a verdadeira fé cristã não se baseia em rituais externos ou obras, mas na fé que opera pelo amor. Esse amor é o que nos conecta com Deus e com os outros. Sem amor, nossa fé é vazia. O amor é o meio pelo qual nossa fé se manifesta em ações e comportamentos que agradam a Deus. O apóstolo Paulo também afirma isso em 1 Coríntios 13, onde destaca que, sem amor, até as maiores demonstrações de fé são inúteis:


- **1 Coríntios 13:2**: "E ainda que tivesse o dom de profecia e soubesse todos os mistérios e todo o conhecimento, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse montes, se não tivesse amor, nada seria."


 2. Os Ingredientes Essenciais da Fé (2 Pedro 1:5-8)


O apóstolo Pedro, em sua segunda carta, nos dá uma lista de qualidades que devem ser adicionadas à nossa fé, como você mencionou. Vamos analisar esses sete ingredientes:


- **2 Pedro 1:5-7**: "Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude, o conhecimento; ao conhecimento, o domínio próprio; ao domínio próprio, a perseverança; à perseverança, a piedade; à piedade, a fraternidade; e à fraternidade, o amor."


Pedro nos ensina que a fé, por si só, é apenas o começo de nossa jornada espiritual. A fim de amadurecermos como filhos de Deus, devemos adicionar essas qualidades à nossa vida:


1. **Virtude (Excelência Moral)**: Essa é a disposição de viver uma vida de retidão e moralidade, buscando a excelência em todas as áreas da vida.

   

2. **Conhecimento**: Este é o conhecimento de Deus e de Sua Palavra, que nos dá discernimento para viver de acordo com a verdade.


3. **Domínio Próprio**: A capacidade de controlar nossos desejos e paixões, evitando o pecado e vivendo de maneira disciplinada.


4. **Perseverança (Paciência)**: A habilidade de suportar dificuldades, mantendo a fé e confiança em Deus, independentemente das circunstâncias.


5. **Piedade (Devoção a Deus)**: Uma vida dedicada a agradar a Deus e a buscar uma comunhão íntima com Ele.


6. **Fraternidade (Amor Fraternal)**: O amor pelos irmãos e irmãs na fé, demonstrando unidade e cuidado uns pelos outros.


7. **Amor (Ágape)**: O amor supremo, que reflete o amor incondicional de Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Romanos 5:5).


3. O Crescimento Espiritual


Pedro continua em 2 Pedro 1:8:


- 2 Pedro 1:8: "Pois, se essas qualidades existirem e estiverem crescendo em sua vida, elas impedirão que vocês, no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos."


Aqui, vemos que essas qualidades devem estar em constante crescimento. Não é suficiente apenas possuir essas virtudes, mas devemos trabalhar para desenvolvê-las continuamente. Isso nos torna frutíferos e eficazes em nosso conhecimento de Jesus Cristo. Além disso, Pedro adverte que, sem essas qualidades, podemos nos tornar cegos espiritualmente, esquecendo-nos da purificação de nossos pecados (2 Pedro 1:9).


4. O Amor Como a Base de Tudo


O amor é o clímax dessa lista e é a qualidade que une todas as outras. Como filhos de Deus, nossa fé precisa ser motivada e sustentada pelo amor. O amor é o que nos impulsiona a agir em fé, a crescer espiritualmente e a servir uns aos outros de maneira genuína. Sem amor, não podemos agradar a Deus, pois Deus é amor (1 João 4:8).


Observação


A fé que opera pelo amor é a chave para uma vida cristã autêntica. Ao contrário dos servos sob a Lei, que eram incapazes de cumpri-la plenamente, como filhos de Deus, recebemos o Espírito Santo que nos capacita a viver em comunhão com Deus e a cumprir Sua vontade. Ao adicionarmos as virtudes descritas por Pedro à nossa fé, estamos nos alinhando ao caráter de Cristo e vivendo de maneira que agrada ao Pai. 


O amor é o vínculo perfeito (Colossenses 3:14) que nos une em Cristo, e é através desse amor que nossa fé se torna ativa e frutífera. Portanto, como filhos gerados pelo Espírito, somos chamados a viver em amor, crescendo continuamente nas virtudes que Deus nos deu.

Sua reflexão toca em uma transição importante na relação entre Deus e Seu povo ao longo da Bíblia. No Antigo Testamento, especialmente na época de Moisés, a relação era marcada por um padrão de servidão e obediência à Lei. Moisés, como servo de Deus, exemplificava essa postura de submissão e reverência (Hebreus 3:5). Ele era, de fato, o maior servo da casa de Deus, guiando outros a serem servos através de sua liderança e obediência à Palavra de Deus.


Porém, com a vinda de Jesus, há uma mudança radical nesse relacionamento. Jesus não apenas veio como Messias, mas como o Filho de Deus, estabelecendo uma nova dinâmica familiar entre Deus e a humanidade. Em Romanos 8:29, Paulo nos ensina que Jesus é o "primogênito entre muitos irmãos", demonstrando que a obra de Cristo foi para criar filhos de Deus, não apenas servos. Isso também é evidenciado em João 1:12: "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome."


A adoração no contexto de filhos é diferente da adoração de servos. Servos adoram por dever e obediência, enquanto filhos adoram por amor e relacionamento. A adoração verdadeira, conforme Jesus descreve em João 4:23, é uma adoração "em espírito e em verdade", que vem de um coração transformado pelo Espírito Santo e alinhado com a vontade de Deus, como o de um filho que conhece e ama seu Pai.


Jesus veio para nos introduzir nessa relação íntima com o Pai, não mais como simples servos, mas como filhos. Paulo reforça essa ideia em Gálatas 4:6-7: "E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, Deus também o tornou herdeiro."


Por isso, o Pai procura adoradores que sejam filhos, aqueles que, movidos pelo amor e não apenas pela obrigação, adoram a Deus de forma sincera e íntima. Somente os filhos podem realmente entender o coração do Pai e adorá-Lo em espírito e em verdade, porque essa adoração nasce do amor filial, do reconhecimento de que, através de Cristo, fomos adotados na família de Deus (Efésios 1:5).


A transição de servos para filhos significa que Deus está buscando mais do que servidão, Ele busca relacionamento. Adoração verdadeira não é apenas seguir mandamentos ou rituais, mas é fruto de uma conexão viva e amorosa com o Pai, algo que só pode acontecer através do novo nascimento em Cristo. 


Aqui estão as respostas com bases bíblicas às 12 perguntas sobre adoração em espírito e em verdade, conforme João 4:23:


1. O que significa adorar em espírito e como isso se reflete em nossa vida diária?

   Adorar em espírito significa adorar a Deus com todo o nosso ser interior, guiados pelo Espírito Santo. Em Romanos 8:26-27, vemos que o Espírito nos ajuda em nossas fraquezas e intercede por nós. Refletimos isso na vida diária ao viver uma vida consagrada, guiada pelo Espírito (Gálatas 5:25).


2. Como podemos garantir que nossa adoração seja genuína e venha do coração?

   Devemos examinar nosso coração continuamente e buscar a pureza de intenção. Salmo 51:17 nos ensina que "um coração quebrantado e contrito" é o sacrifício que Deus não despreza. Nossa adoração deve ser sincera e não meramente externa (Isaías 29:13).


3. Por que Jesus afirma que a hora de adorar em espírito e em verdade já chegou?

   Jesus declara que a verdadeira adoração é agora possível porque Ele trouxe a reconciliação entre Deus e os homens. Com a vinda de Cristo e a habitação do Espírito Santo, todos podem ter um relacionamento direto com Deus (Hebreus 10:19-22).


4. O que distingue os verdadeiros adoradores dos que adoram de forma superficial ou ritualística?

   Verdadeiros adoradores adoram com sinceridade e conexão espiritual. Jesus critica os fariseus por adorar apenas de forma externa, sem um coração genuíno (Mateus 15:8-9). O verdadeiro adorador se envolve espiritualmente com Deus, não apenas de maneira ritual.


5. Como podemos alinhar nossos sentimentos e pensamentos para adorar a Deus em verdade?

   Devemos renovar nossa mente e pensamentos através da Palavra de Deus (Romanos 12:2). Meditar nas Escrituras nos ajuda a manter nosso foco em Deus e a alinhar nossas emoções e pensamentos com Sua vontade (Filipenses 4:8).


6. De que forma o Pai "procura" adoradores e o que Ele espera de nós nesse contexto?

   Deus está buscando pessoas que O adorem com sinceridade e autenticidade. Ele deseja um relacionamento genuíno conosco, não atos externos ou sacrifícios vazios (1 Samuel 16:7). A busca de Deus é por aqueles que Lhe entregam o coração (Jeremias 29:13).


7. Quais são os sinais de que estamos adorando em espírito, e não apenas com palavras ou gestos?

   Um dos sinais é a transformação de vida. Jesus disse que "a árvore se conhece pelos frutos" (Mateus 7:16-20). Quando adoramos em espírito, nossa vida reflete os frutos do Espírito (Gálatas 5:22-23), e nossas ações se alinham à fé que professamos.


8. Como a adoração em espírito nos ajuda a desenvolver um relacionamento mais profundo com Deus?

   A adoração em espírito nos coloca em uma posição de comunhão íntima com Deus. Em Romanos 8:15-16, vemos que o Espírito Santo testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus, nos aproximando do Pai com confiança e amor.


9. O que a expressão "em verdade" ensina sobre a importância da sinceridade na adoração?

   Adorar em verdade significa ser transparente diante de Deus. Jesus é "o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6), e devemos adorá-Lo em conformidade com Sua verdade revelada, sem hipocrisia ou falsidade (1 João 3:18).


10. Quais são os obstáculos que podem impedir uma pessoa de adorar em espírito e em verdade?

   Obstáculos incluem pecado não confessado, orgulho, distrações e falta de conhecimento da Palavra. Isaías 59:2 afirma que o pecado separa o homem de Deus. Também devemos buscar a santificação (Hebreus 12:14) e renovar nossa mente para evitar distrações.


11. Como o Espírito Santo nos auxilia a adorar de coração e com autenticidade?

   O Espírito Santo nos guia à verdade (João 16:13) e nos capacita a adorar a Deus de forma genuína. Ele nos convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8), nos transformando à imagem de Cristo e nos ajudando a adorar com sinceridade.


12. Por que adorar em espírito e em verdade é a forma de adoração que agrada a Deus?

   Essa é a adoração que Deus busca porque é autêntica e centrada nEle. Deus não se agrada de rituais vazios, mas de um relacionamento genuíno. Hebreus 11:6 afirma que "sem fé é impossível agradar a Deus", e a verdadeira adoração é expressão de fé e amor a Ele.

DEUS NOS É REVELADO COMO PAI DE UMA IGREJA COMPOSTA DE FILHOS

No Novo Testamento, Deus é revelado e mostrado como Pai em várias passagens que destacam o relacionamento íntimo e pessoal entre Deus e Seus filhos através de Jesus Cristo. Aqui estão algumas das principais referências:


1. João 1:12-13  

   "Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus."


2. Mateus 6:9 (Oração do Pai Nosso)  

   "Vocês, orem assim: 'Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome.'"


3. Mateus 7:11 

   "Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!"


4. Mateus 23:9  

   "A ninguém na terra chamem ‘pai’, porque vocês só têm um Pai, aquele que está nos céus."


5. João 14:6-7 

   "Respondeu Jesus: 'Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto.'"


6. João 14:9-10 

   "Jesus respondeu: 'Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Você não crê que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim?'"


7. Romanos 8:15-16 

   "Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: 'Aba, Pai'. O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus."


8. Romanos 8:29  

   "Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos."


9. Gálatas 4:6-7 

   "E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho ao coração de vocês, e ele clama: 'Aba, Pai'. Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e, por ser filho, Deus também o tornou herdeiro."


10. Efésios 1:3-5

    "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade."


11. Hebreus 12:7-9

    "Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Pois, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? [...] Além disso, tínhamos pais humanos que nos disciplinavam e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos, para assim vivermos!"


12. 1 João 3:1

    "Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu."


Essas passagens mostram claramente que, através de Jesus Cristo, Deus é revelado como Pai, e aqueles que creem em Jesus são adotados como filhos de Deus. Essa nova relação redefine a forma como nos aproximamos de Deus, não mais como servos, mas como filhos amados.

Essas respostas, baseadas nas Escrituras, ajudam a entender a essência de uma adoração profunda e autêntica.

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