POEMA E ESTUDO SOBRE DEIXANDO A VELHA NATUREZA DE ALMA VIVENTE E OBTER A NATUREZA DIVINA QUE É ESPÍRITO VIVIFICANTE

 POEMA                                                                      por: Bispo Reis

**Poema: Da Alma Vivente ao Espírito Vivificante**

Deixo a velha natureza, alma vivente,  

Que busca o mundo, que sofre e sente,  

Frágil e presa às correntes do chão,  

Desejos da carne, mentiras, ilusão.

Essa alma que se arrasta no pó,  

Sedenta de vida, mas sempre em dó,  

Precisa de algo, precisa mudar,  

Do Espírito Santo, precisa tocar.

Então, ouço o chamado, suave, constante,  

De Deus, que me chama ao novo, vibrante,  

Ele oferece Sua natureza divina,  

Vida abundante, que em mim germina.

O Espírito vem, vivificante poder,  

Traz nova vida, faz renascer,  

A alma velha se rende ao altar,  

E o Espírito em mim começa a habitar.

Deixando o velho, o que um dia fui,  

Entrego a carne que sempre se dilui,  

Abraço a promessa de vida eternal,  

O Espírito em mim é força vital.

Agora sou mais que alma que vive,  

Sou espírito que em Deus revive,  

Caminho em Sua luz, com Seu respirar,  

Vivificado pelo poder de amar.

A velha natureza, já ficou pra trás,  

Nasci de novo, em Cristo sou capaz,  

De viver a plenitude do céu que me chama,  

Um espírito santo, que nunca mais reclama.

Vivificado, sou nova criação,  

Morto para o mundo, vivo em redenção,  

Deixei a alma que no pó se afogava,  

E hoje no Espírito, meu ser se renovava.

 somos capacitados a viver uma vida de piedade e a participar da própria natureza divina.

1. O Poder Divino

_"Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude"_ (2 Pedro 1:3).  

Deus, em Seu infinito poder, já nos forneceu tudo o que precisamos para viver de maneira santa e piedosa. Esse "divino poder" é a capacitação do Espírito Santo que habita em nós. Isso não vem por nossos próprios méritos, mas por meio do "pleno conhecimento" de Deus, que é revelado a nós em Cristo Jesus. Conhecê-Lo é o caminho para a transformação.

 2. O Chamado para a Glória e Virtude

Deus nos chamou para viver de acordo com Sua glória e virtude. A glória de Deus reflete Sua presença, poder e santidade, enquanto a virtude fala sobre viver de maneira moral e ética, conforme o caráter de Cristo. O chamado de Deus é para sermos participantes dessa glória, o que só pode ser alcançado à medida que nos entregamos a Ele e buscamos viver conforme Seus padrões.

3. As Promessas de Deus

_"Por intermédio destas ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina"_ (2 Pedro 1:4).  

As promessas de Deus são o meio pelo qual participamos da Sua natureza divina. Elas não são apenas palavras vazias, mas promessas poderosas que nos transformam de dentro para fora. Através delas, recebemos a graça de Deus, o perdão dos pecados e o poder para viver de maneira vitoriosa.

4. Participantes da Natureza Divina

Ser "participantes da natureza divina" significa que, pelo poder de Deus, somos transformados à imagem de Cristo. Isso não significa que nos tornamos deuses, mas que recebemos a vida divina dentro de nós, nos tornando mais semelhantes a Ele. O apóstolo Paulo descreve isso como sendo "transformados de glória em glória" (2 Coríntios 3:18).

 5. Fugir da Corrupção do Mundo

_"Fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça."_  

O mundo, dominado pela cobiça e pelos desejos egoístas, está em constante estado de corrupção. Ao nos tornarmos participantes da natureza divina, somos capacitados a escapar desse sistema corrupto, vivendo de acordo com os valores do Reino de Deus, e não pelos padrões deste mundo.

Observação:

Pelo conhecimento de Deus e através de Suas promessas, somos chamados a participar de Sua natureza divina. Esse chamado nos capacita a viver de maneira santa, livre da corrupção do mundo, e a refletir a glória e virtude de Deus em nossa vida diária. É um processo de transformação contínua, guiado pelo Espírito Santo, que nos prepara para viver em conformidade com o caráter de Cristo.

O conceito de "despir-se do velho homem" e "revestir-se do novo homem" é central à transformação espiritual no cristianismo. Ele fala da mudança profunda que ocorre na vida de uma pessoa que aceita Cristo como Salvador, deixando para trás sua antiga maneira de viver, baseada nos desejos e pecados da carne, e abraçando uma nova vida moldada à imagem de Deus, em justiça e santidade.

1. O Velho Homem: A Antiga Natureza

O "velho homem" representa a natureza pecaminosa, caracterizada por hábitos, desejos e atitudes que se opõem à vontade de Deus. O apóstolo Paulo fala sobre isso em Efésios 4:22:  

_"Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos."_  

Essa natureza é corrompida pelo pecado, guiada por cobiças, invejas, ira, imoralidade e enganos. É a natureza que segue os padrões do mundo, separada de Deus e escravizada pelas paixões da carne. Quando vivemos de acordo com o "velho homem", estamos afastados da vida e santidade que Deus nos oferece.

2. Despindo-se do Velho Homem

Despindo-se do velho homem significa deixar para trás os comportamentos, pensamentos e atitudes pecaminosas que moldavam a nossa antiga vida. Assim como uma pessoa tira roupas sujas, o cristão é chamado a se despir da velha natureza e de tudo que a acompanha. Isso requer uma atitude consciente de arrependimento e renúncia, reconhecendo que aqueles comportamentos não mais nos pertencem. É uma ação intencional de "matar" as obras da carne.

Em Colossenses 3:8-9, Paulo escreve:  

_"Agora, porém, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas."_  

Isso mostra que a transformação inclui tanto a renúncia dos desejos internos quanto a mudança no comportamento externo.

3. O Novo Homem: Criado em Justiça e Santidade

O "novo homem" é a nova criação de Deus em Cristo. Quando aceitamos Jesus, somos "novas criaturas" (2 Coríntios 5:17), nascidas de novo pelo Espírito Santo. Esse novo homem é criado à imagem de Deus, com uma nova natureza que reflete a justiça, a santidade e o amor de Deus. Efésios 4:24 destaca isso:  

_"E a se revestirem do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade."_

Revestir-se do novo homem é um chamado a viver uma vida transformada, em conformidade com a vontade de Deus, evidenciando o fruto do Espírito em nossa vida (Gálatas 5:22-23). É a evidência de que a obra regeneradora do Espírito está ativa em nós.

4. Revestindo-se do Novo Homem

Esse revestimento do novo homem não é algo passivo, mas requer ação diária e intencional. O cristão é chamado a se alinhar com o caráter de Cristo e a deixar que o Espírito Santo o transforme continuamente. Em Colossenses 3:12-14, Paulo diz:  

_"Como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito."_

5. A Natureza Divina

Revestir-se do novo homem é também uma participação na natureza divina (2 Pedro 1:4). À medida que caminhamos com Cristo, somos transformados de glória em glória (2 Coríntios 3:18), cada vez mais parecidos com Ele. A justiça e a santidade que vêm de Deus devem ser visíveis em nossa vida, não como fruto de nossos próprios esforços, mas da ação poderosa do Espírito Santo em nós.

Observação

Despindo-se do velho homem e revestindo-se do novo homem é um processo contínuo de santificação. A cada dia, somos chamados a abandonar o que pertence à nossa antiga vida de pecado e nos revestir das qualidades do novo homem, moldadas pela justiça e santidade de Deus. Isso envolve não apenas mudança de comportamento, mas uma transformação profunda do coração e da mente, onde a verdade de Deus governa nossas ações. Assim, refletimos cada vez mais o caráter de Cristo, vivendo para a glória de Deus.

A expressão "o primeiro Adão, alma vivente; o segundo Adão, espírito vivificante" é uma analogia que o apóstolo Paulo faz em 1 Coríntios 15:45 para contrastar Adão, o primeiro homem criado por Deus, e Jesus Cristo, que é o cumprimento da redenção e da nova criação.

1. O Primeiro Adão: Alma Vivente

Adão, o primeiro homem, foi criado por Deus a partir do pó da terra e recebeu o fôlego de vida diretamente de Deus. Ele é descrito em Gênesis 2:7 como "alma vivente", o que significa que ele foi criado com vida física, consciente e racional. O papel de Adão, no início, era representar toda a humanidade como seu primeiro progenitor. Contudo, após sua desobediência ao pecar, ele trouxe a morte e a corrupção ao mundo (Romanos 5:12).

A expressão "alma vivente" enfatiza a vida natural e temporal de Adão, que, mesmo sendo criado à imagem de Deus, estava sujeito à mortalidade após o pecado. Adão tornou-se, assim, uma figura da humanidade caída: sujeita ao pecado, à morte e à separação de Deus.

2. O Segundo Adão: Espírito Vivificante

O "segundo Adão" se refere a Jesus Cristo. Ao contrário de Adão, que trouxe a morte à humanidade, Cristo é descrito como "espírito vivificante" (1 Coríntios 15:45). Enquanto o primeiro Adão foi um canal para a entrada do pecado e da morte no mundo, Jesus veio para reverter os efeitos desse pecado, oferecendo vida eterna e restauração a todos que creem nele.

Cristo, ao ser ressuscitado dos mortos, tornou-se o dador de vida, ou "espírito vivificante". Ele não apenas tem vida em Si mesmo, mas também concede essa vida espiritual e eterna àqueles que o seguem. Jesus declarou: *“Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá”* (João 11:25). Sua vitória sobre a morte no Calvário e na ressurreição foi o ponto de virada que trouxe nova vida e regeneração para a humanidade caída.

3. A Diferença entre o Primeiro e o Segundo Adão

A diferença entre o primeiro e o segundo Adão é monumental:

- Adão trouxe a morte; Cristo trouxe a vida.

- **Adão** falhou em obedecer a Deus, trazendo a queda; **Cristo** obedeceu perfeitamente e venceu a morte, trazendo salvação.

- **Adão** era uma "alma vivente", limitado à vida natural; **Cristo** é um "espírito vivificante", que concede a vida eterna e espiritual.

O primeiro Adão representa a humanidade natural, que é mortal e sujeita ao pecado, enquanto o segundo Adão, Jesus, representa a humanidade espiritual, restaurada e vivificada em Deus.

4. A Nova Criação em Cristo

Quando Paulo descreve Jesus como "espírito vivificante", ele está destacando a natureza regeneradora e transformadora da obra de Cristo. Através da sua morte e ressurreição, Ele não apenas oferece perdão dos pecados, mas também transforma a nossa natureza interior, tornando-nos novas criaturas (2 Coríntios 5:17). Em Cristo, recebemos a vida de Deus e somos capacitados a viver de forma justa e santa, livres da condenação do pecado.

 5. Aplicação para os Crentes

Esse contraste entre Adão e Cristo é essencial para entendermos a salvação e a vida cristã. Em Adão, todos morremos, mas em Cristo todos podemos viver (1 Coríntios 15:22). Através de Cristo, somos libertos da morte e da condenação que herdamos de Adão, e recebemos a vida eterna, vivificados pelo Espírito Santo que habita em nós.

Observação

Adão e Cristo representam dois estados distintos da humanidade: o primeiro, marcado pela morte e pelo pecado; o segundo, marcado pela vida e pela justiça. O primeiro Adão trouxe a queda da humanidade, enquanto o segundo Adão, Jesus, trouxe a redenção e a vida eterna. Cristo é o "espírito vivificante", capaz de restaurar o que foi perdido e de nos conceder uma nova vida espiritual que transcende a mortalidade e o pecado. Assim, aqueles que estão em Cristo experimentam não apenas uma mudança de destino, mas uma transformação de natureza.